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Página Principal : Antropologia
Darwin e seus descendentes
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Sobre Cultura e suas explicações, levando em consideração Darwin. A Cultura, segundo Murdock, seria uma complementariedade do genético, do natural. O Genético, na raça humana, predispõe o comportamento, sejá em qual tribo for. Murdock, em seus estudos, enumera 68 práticas universais, como linguagem, tabus e restrições sexuais, donde se explicaria a condenação do incesto em todas as tribos, por exemplo. A relação entre genes semelhantes aumenta a probabilidade, na descendência, da mantença de um eventual defeito genético. A cultura se dá ao trabalho de reiterar a opção dos genes. Mas há a controvérsia entre o que é hereditário e o que é aprendido. Nesse debate, tenta-se explicar e legitimar as Ciências Nuturais à explicar as Sociais, como se pudesse equacionar e atingir, pela análise genética, um certo grau de regularidade no comportamento humano. Certo que tal pretensão esbarra em limites explicativos óbvios. Esse reducionismo tem para o autor, "fundamento científico para percepções do senso comum", ao tentar explicar matematicamente a fixação do comportamento social. Sendo assim há uma desconfiança no objetivo das explicações naturais. Levando em consideração Darwin e a Seleção Natural, vemos que o determinismo na Teoria da Evolução, dada pela Seleção Natural, está presente, presumindo a prevalência do mais apto. Darwin toma o pensamento de Lemarck para tentar explicar a mudanças salutares (ou não) para determinada espécie. As girafas, pela escassez no solo, precisaram se adaptar para alcançar as copas das arvores. Resultado foi a adaptação dos pescoços, que se alongaram ao longo das gerações. Há o mais apto. O dominante e o dominado. L.H. Morgan, em ?A Sociedade primitiva?, diz que a humanidade é una apenas em sua origem, experiência e progresso. Se a Seleção Natural aponta ?métodos? aprendidos para tornar uma espécie mais apta, garantindo sua sobrevivência e primazia, Morgan aponta que as invenções e descobertas tem relação direta com o progresso da Humanidade. Ele aponta que há etapas na sociedade: selvageria, barbárie e civilização, respectivamente da menos a mais evoluída. Há a evolução, para ele, do simples ao complexo, do qual o complexo é o estágio de civilização. O problema é que a partir dessa prerrogativa, se diz que há sociedades evoluídas mais que outras, ?legitimando? uma dominação de uma sociedade à outras. O próprio Darwin proibiu que seus estudos fossem utilizados para explicar as relações humanas, mas não foi isso que aconteceu. Tomando seleção natural, Haushofer, intelectual do III Reich, ?legitimou? uma raça Ariana. Vidal de La Blache, teorizou sobre a ?ação humanitária? devida pelos mais evoluídos aos africanos e asiáticos, levando ao mundo a cultura européia ?civilizada?.
Janete Strauss
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