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ARACY: A MULHER QUE ENGANOU O NAZISMO


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Aracy de Carvalho Guimarães Rosa é a única mulher brasileira cujo nome é mencionado no museu do Holocausto, em Jerusalém. Filha de mãe alemã e pai brasileiro, casou-se, no brasil, com o alemão Johannes Edward Ludwig. Ao desquitar-se do marido emigrou para a Alemanha em 1934 e foi trabalhar no Consulado do Brasil na cidade de Hamburgo. Foi nesse consulado que conheceu Guimarães Rosa que exercia a função de vice-cônsul. A Alemanha, na época, vivia um racionamento de comida e, aos semitas, era dada uma quantidade menor de alimentos, então, Aracy passou a alimentá-los com a cota extra que recebia no Consulado. Mas, foi bem mais longe nessa missão de ajuda aos judeus. Mesmo com a entrada dos judeus proibida no Brasil pelas leis do Estado Novo, conseguiu visto para cerca de 100 famílias; obtinha atestados de residência para os judeus de Hamburgo e, assim, conseguia a emissão de passaportes sem o J de identificação para que, sem levantar suspeitas, o cônsul os assinasse. Casou-se com Guimarães Rosa, também desquitado, no México e viveu com ele até sua morte. A ela Guimarães dedicou o seu livro Grande Sertão: Veredas. Aracy, agora com o Mal de Alzheimer e perto de completar 100 anos, vive em São Paulo. Pelo seu corajoso feito, Aracy tem uma árvore plantada em sua homenagem no chamado Jardim dos Justos, no Museu do Holocausto.


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