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Antropologia Estrutural - Raça e História
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A primeira parte ?Raça e cultura? destaca que nada atualmente permite afirmar que uma raça é superior a outra. O erro está no conceito de raça que gera discriminação e opressão quando se confunde o sentido biológico e sociológico de raça. Neste sentido, temos o Difusionismo, onde uma unidade (tronco comum) vai se diferenciando com o tempo. Porém, temos vários troncos diferentes, cada qual com sua diversidade cultural, intelectual, sociológica e estética, ou seja, não é correto medir uma sociedade diferente da nossa, comparando-a com o nosso passado e concluindo que está mais atrasada ou mais avançada que nós, pois ela pertence a um outro tronco, diferente do nosso. Não há uma medida, tudo é relativo. Existem muito mais culturas humanas que raças humanas, e esta diversidade de culturas podem trazer problemas, como preconceitos racistas. Não existem aptidões raciais inatas. Para resolver o problema da desigualdade entre raças é necessário nos ater também a diversidade das culturas humanas. Para entender a diversidade das culturas é necessário analisa-las, porém há dificuldades, pois mesmo partindo do mesmo ponto, do mesmo tronco comum, ou tendo acontecido contato social não são culturas iguais, assim como podem ter sido precedidas por outras formas diferentes de culturas. O que faz com que certas sociedade não desapareçam, é um ponto de optimum. De acordo com o texto, pode haver diversificação interna e diferenciação por isolamento, porém não se pode pensar em sociedades isoladamente, as coisas estão dentro de um sistema, de um grupo. Costumes também nasceram de proximidades de culturas, portanto não podemos observar a diversidade de culturas de uma forma fragmentada. Algumas civilizações utilizam a própria cultura como parâmetro, para estes a diferença causa espanto gerando exclusão. O falso evolucionismo "evolucionismo social" é o contrário do evolucionismo biológico, pois não é cientifico. ara o autor, povos sem escrita não são povos sem culturas, não existem civilizações infantis. Um outro erro que ocorre é comparar uma civilização com outra colocando-as em uma mesma linha, da mais "evoluída" para a menos "evoluída", porém o que é evoluído para uma civilização pode não ser para outra, além disso na história acontecem mudanças de direção "movimento do cavalo do xadrez" rompendo com este passado linear. Uma cultura cumulativa é aquela que se desenvolve num sentido semelhante ao nosso, já uma cultura estacionária tem uma linha de desenvolvimento diferente. Não podemos usar a nossa "régua" para medir o outro, mas temos que deslocar o nosso ponto de visão. Muitas civilizações reconhecem a civilização ocidental como superior o que acaba resultando em uma universalização da cultura ocidental, a expansão desta resulta muitas vezes em superestruturas. Porém, esta adesão a vida ocidental não é espontânea, houve uma intervenção da civilização ocidental, pois há desigualdades de forças. Mas existem também outros exemplos de civilizações que se dedicaram a essas tarefas. Não existe acaso na descoberta cientifica, todo ato inventivo é desejado. Não existe o mais fácil de ser feito ou o mais dificil, o que existe é um acúmulo de conhecimentos. O contato gera diversidade e não isolamento e o papel da antropologia é se deslocar do ponto de referência e compreender o ponto de referência do outro. Ao final do capitulo, o autor diz ser necessário manter a diversidade, que este é o papel das instituições internacionais e que se não manter a diversidade, pode ocorrer petrificação ou a homogeneização.
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