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O outro
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O outro
O texto mostra a vida de um homem bem-sucedido, se é ser vitorioso quem tem que trabalhar tanto e por em risco a sua saúde e outras coisas mais. Vive frente aos seus afazeres sem pensar em mais nada enclausurado na idéia de que é necessário ao seu contexto e que sem ele nada funciona. Sentimento, que aflige muita gente, e é difícil se afastar. Nessa lida diária não vê nada muito menos um pedinte, uma criança abandonada ou qualquer outro ser diferente dele. Esses seres são considerados ?o outro?. Quando consegue observar sempre o julga como sendo preguiçoso ou se justifica: ?não tenho culpa de que ele seja assim?. Nesse afã de progresso nos moldes de sua sociedade se distancia da vida simples. A saúde cobra o preço e dá seu sinal de falência, apavorado procura auxílio com os médicos e estes o alertam do perigo aconselhando a mudança do rumo de sua vida. A preocupação com o trabalho e a necessidade de largar para se cuidar faz dele o umbigo do mundo. Nesse momento em que está inseguro e atormentado aparece um ser pedinte que o aborda solicitando ajuda quase uma súplica, e ele lhe dá dinheiro, nem olha e nem ouve o que o ser tinha para dizer. O pedinte aparece diversas vezes sempre pedindo ajuda e lhe dá dinheiro nunca ouve. A sensação de insegurança se agravou no momento que o pedinte descobriu o seu endereço, minha casa, meu território. Desesperado, perseguido e oprimido por aquele homem que pedia ajuda o tempo todo, correu para sua casa, pega sua arma, sai e mata o pedinte. Depois de ter cometido o ato insano é que prestou atenção ao ?outro? e descobriu que não era a ameaça que imaginava. Ele não se preocupou com o que aquele ser humano precisava, aliás, ele nem o considera um ser humano, é simplesmente o outro. Apesar das constantes abordagens nunca parou para olhar nos olhos do pedinte ou se quer lhe dirigir a palavra só dava dinheiro. Por que o dinheiro? Para o personagem à única coisa que valia era o dinheiro o resto é só o resto. Saúde, a sua própria, ele a preteria, amizade não faz parte do seu cotidiano, piedade, sentimento piegas, que nem conhece. Os seres humanos costumam se envolver em sua vida de forma que nada mais interessa. A diversidade incomoda, assusta e gera as mais diferentes reações, no texto vemos a morte como desfecho do estranhamento. Na vida cotidiana a morte está presente a todo o momento, o escárnio, o poder sobrepujando os mais fracos, sempre nas ações encontramos o etnocentrismo natural do homem. O comportamento relatado no texto é o retrato da nossa própria vida, fatos como esse vemos estampado nas revistas e jornais. Uma sociedade é formada por diversos grupos e apesar dos pontos comuns cada grupo tem a sua própria cultura. Trazendo comportamento de poder e subserviência entre os grupos. A cultura está diretamente associada ao poder. Existe sempre dificuldade de relacionamento com a alteridade e o texto nos fazem refletir sobre como nós somos. Ao vermos tais obras deparamos com a realidade que nos é verdadeira. A diferença presente, a todo o momento, em nossas vidas e o quanto é difícil de entender. Somos incluídos e excluídos dependendo do momento ou do lugar. O poder está presente nas ações e objetos mais simples como o apito, uma carteira, um carro grande, a chefia, o dinheiro tudo é símbolo de poder. Isso numa esfera menos complexa da vida, já que temos o poder da política interna ou externa decidindo o que você deve ou não fazer, define você como um mero detalhe nesse contexto maior que chamam de coletividade global. O governo não respeita o povo, as nações não se respeitam, pois tudo o que realmente importa é a conquista. O homem é belicista, tem necessidade territorial e é exclusivista. Cada ser humano existente nesse mundo vê em si a única verdade. O que diverge ele repudia. Os animais ditos irracionais possuem o instinto territorial, supremacia da força, preservação da espécie, mas ele só destrói aquilo que o ameaça, só mata o necessário para se manter. O homem é o único animal desse planeta sofrido que extermina por prazer, que humilha por satisfação, que destrói para enriquecer sem pensar em outros ou nos seus no futuro. É imediatista e nada mais.
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