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Marvin Harris: Introdução a Antropología Geral. Antropología física.
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Se estima que a vida em nosso planeta surgiu a cerca de três ou quatro bilhões de anos atrás, embora temos somente registros fósseis de organismos complexos com até aproximadamente 1 bilhão de anos atrás. Durante 400 milhões de anos, estes organismos complexos vão evoluindo até converterem-se em grandes animais de corpo rígido que abundam por todo o planeta. Mais adiante, durante a era Mesozóica, há 225-180 milhões de anos atrás, aparecem os mamíferos e entre 70-60 milhões de anos atrás, no principio da era Cenozóica, os primeiros primatas, espécie de que descende o hominídeo moderno, o Homo Sapiens. Durante o Oligoceno, no período compreendido entre 38 e 25 milhões de anos atrás, se desenvolveram os antropóides. Um pouco mais adiante, já no Mioceno, os hominídeos haviam se propagado amplamente. Mas foi só no Plioceno, entre 7 e 4 milhões de anos atrás, quando aparecem os primeiros hominídeos, os austraolopithecus. Esta linha evolutiva permite o surgimento do gênero Homo, na transição entre o Plioceno e o Pleistoceno. A partir deste momento o estudo da evolução dos hominídeos já não centra-se somente no aspecto biológico mas também no cultural e tecnológico. A grande novidade evolutiva que representa a cultura implica que as ?capacidades e hábitos? dos sujeitos que a compõem são adquiridos por herança social e não por herança biológica. Este é um ponto importante no que inicia a produzir um processo de acumulação que, com o tempo, provocara importantes avanços de toda tipo na comunidade humana. Não obstante, o começo desta nova ?evolução? no gênero Homo não impede novas mudanças a nível biológico e já no final do Pleistoceno, aparece, por último, o Homo Sapiens. O surgimento da espécie está sujeita a varias interpretações. Além de que, em algumas ocasiões, as teorias oferecidas pelos entendidos do assunto, colocam as diferentes espécies homo em um mesmo tempo, o que acaba contradizendo a teoria da linha evolutiva. Por outro lado, estas interpretações são provisórias e ?dependem? das investigações sobre os achados fósseis até agora encontrados. Pelo qual, os novos descobrimentos produzirão, inevitavelmente, mudanças nas teorias sobre a evolução biológica humana até agora desenvolvidas. Sendo assim, exporemos a continuação da ?versão oficial? acadêmica. Cronológicamente, o homo habilis é o primeiro de nossos antepassados homo. Apareceu há uns 1.8 milhões de anos e seu nome, homem hábil, se deve a habilidade no manejo de ferramentas de pedra. Se acredita que conviveu com os diferentes tipos de australopithecus e que foi precisamente a pressão exercida pelo gênero homo o que fez desaparecer os australopithecinos. Não obstante, apesar da aparente superioridade tecnológica do Homo habilis sobre seus antecessores, as diferenças anatômicas eram poucas, se bem que possuíam um cérebro ligeiramente mais grande que os hominídeos anteriores. A partir dai e graças aos descobrimentos no morro dos Ossos em Atapuerca, em 1994, aparecem duas linhas evolutivas. A primeira através do Homo antecessor (que descende do Homo ergaster) e que desembocará por um lado, no Homo heidelbergensis e este no Homo neandertalensis; e por outro, no Homo rodhesiensis que evoluirá até o Homo Sapiens. Esta teoria deixa incierta a origem e destino final do Homo erectus segundo a teoria clássica, e o coloca como descendente do Homo ergaster. A segunda linhagem evolutiva e mais clássica coloca o Homo erectus como descendente do Homo habilis e se considera que ele apareceu há uns 1,5 milhões de anos conseguindo habitar grande parte do Velho Mundo, desde a África até a China e a Índia. Nas regiões mais centrais de seus domínios, o continente africano e o centro de Ásia, o Homo Erectus se destaca pela cultura "machadinha" que, principalmente, se caracteriza pelo desenvolvimento dos machados de mão e outros utensílios de pedra. Também, pode ser identificado pelo domínio da caça e certo conhecimento no uso do fogo. Não obstante, durante quase um milhão e meio de anos de existência, o volume cerebral do Erectus não aumentou e não apresentou nenhum desenvolvimento tecnológico importante. Segundo a teoria clássica o Homo Erectus começou a ser substituido por formas arcaicas de Homo Sapiens a cerca de 400 e 250 mil anos e em distintas zonas geográficas. Esta espécie de Homo Sapiens, possuía um cérebro mais grande contudo continuava a apresentar semelhanças físicas com o Homo Erectus. Como tempo o Homo Sapiens Arcaico foi sendo substituída por outra sub-espécie de Homo Sapiens mais robusta, com um cérebro bem maior e uma capacidade de adaptação ao frio, contudo ainda existem duvidas consideráveis acerca de suas aptidões lingüísticas, cognitivas e culturais. Esta espécie é conhecida como neandertalense. Há cerca do ano 125.000 a.C, segundo a teoria da única origem, aparece, na África, o Homo Sapiens moderno, com umas formas e atitudes mais próprias para o desenvolvimento da cultura e da linguagem. Outra teoria, a da Origem múltipla, coloca a origem do Homo Sapiens moderno entre 400.000 e 300.000 a.C. e não lhe adiciona mais atitudes que um neandertal, que também aparece naquela época. A bagagem de utensílios e ferramentas desenvolvidas por ambas as espécies assim como suas práticas culturais não são tão diferentes. No que se está de acordo é que, mais ou menos depois de 35.000 a.C., a única raça de hominídeos que restou em todo o mundo foi o Homo Sapiens Sapiens, nossa espécie.
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