|
|
Página Principal : Comunicações e Mídia
Televisionário - As Regras de Manipulação dos Media
Publicidade
O assumir da responsablidade crítica por parte do comentador, quando é explícita, é um facto positivo: se for dirigida para todas as notícias e não acompanhada de manipulações. Dez regras de manipulação 1. Comenta-se só aquilo que se pode ou se deve comentar.
2. a notícia verdadeiramente orientada não tem necessidade de comentário descoberto mas baseia-se na escolha dos adjectivos e num astuto jogo de oposições. O jornal noturno do primeiro canal, pretensamente de tom neutro e atento a não se permitir comentário algum, exerce porém uma primeira selecção eliminando certas notícias;
3. Na dúvida, o melhor é estar calado. - Efeito Gioconda: ( baseado numa vinheta de Charles Addams) Quando a notícia tem um tempo de exposição rápido e se ouvem só as palavras do anunciador sem que o olhar se detenha sobre uma imagem particularmente significativa, é claro que o facto verdadeiramente importante - se pós-posto - acaba por se perder.
4. Mete a notícia incómoda onde já ninguém a espera.
5. Nunca digas migas quando podes dizer massa de milho. O uso de palavras incompreensíveis à maioria, produz também um efeito Gioconda.
6. Dá a notícia completa só quando a imprensa do dia seguinte já a tiver difundido. - Efeito Pelagatti; (Directamente relacionado com as duas regras seguintes)
7. Expõe-te somente se o governo já se expôs.
8. Nunca silenciar a intervenção de um ministro.
9. As notícias importantes só devem ser ditas por voz, as irrelevantes podem e devem ser filmadas.
10. Só se fazem ver as coisas importantes se aconterem no estrangeiro. ?Os estudantes do Cairo sim, os estudantes que se defrontam com a polícia em Milão não.? Exemplo: notícias sobre a neve. Além de agradáveis de ver, são absolutamente verdadeiras e cativam a confiança do espectador (que ao ver que realmente neva conclui que a tv mostra as coisas como elas são de facto). As entrevistas e os observadores das várias partes em questão bastariam, na grande maioria dos casos, para explicar alguma notícia mais incómoda ou que possa ser alvo de posicionamentos críticos. Escolhe-se então não visualizar, tornando isentas de interesse essas mesmas notícias incómodas. ?Pela preocupação de parecer apolítico, o telejornal gerava aborrecimento e repulsa pela política?, conclui Umberto Eco.
Veja mais em: Comunicações e Mídia
Artigos Relacionados
- O Paradigma Do «agenda Setting» (parte 2)
- A Estrutura Do Noticiário Estrangeiro
- Capital Da Noticia.
- Declínio De Um Paradigma? Parcialidade E Objectividade Nos Media (1)
- Os Adolescentes E As Notícias
- Libération: Online Vs Impresso
- Porque é Que As Notícias São Como São? (parte 2)
|
|
|
| |