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Quatro Conceitos da Comunicação de Massa (Parte 2)


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(Continua de Parte I mencionada em baixo em 'Links importantes')
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< strong>A Teoria Comunista Soviética
A teoria soviética da comunicação desenvolveu-se como parte integrante do Estado soviético, no qual a comunicação de massas era um instrumento de governo.
A propriedade privada dos veículos de massa era inconcebível. Como dizia Lénine, a imprensa devia ser «propagandista colectivo, agitador colectivo,? organizador colectivo.»
Outro teórico soviético argumentava que a imprensa era livre «não para comerciar informações, mas para educar a grande massa de trabalhadores e organizá-la, sob a orientação do partido, para atingir objectivos definidos.» Lênine, 1918 «Devemos e podemos transformar a imprensa em instrumento para a reeducação económica das massas».
Considerava-se que a verdade derivava da deliberação colectiva do Partido, mas o próprio Lênine atribuía grande importância à crítica e à autocrítica. Uma das principais funções da imprensa é transmitir a crítica de cima - do Partido - e de baixo - dos indivíduos ou sindicatos. Contudo, os jornalistas soviéticos não podiam criticar as instituições.
Alguns caem no objectivismo, simples apresentação dos acontecimentos, factos ou ideias sem colocá-los no devido contexto social e de classe. Outros caem no escapismo, que é a apresentação de dados irrelevantes para a realidade social ou as necessidades políticas, distraindo os leitores dos assuntos importantes. Porém, quer o objectivismo como o escapismo são condenados nos países comunistas.
jornalismo soviético pode ser visto como uma ramificação do autoritarismo. Contudo, nos sistemas autoritários, os veículos participavam do sistema de negócios, e não eram portanto exclusivamente instrumento do Estado. Os veículos soviéticos são parte e propriedade do Estado.
Os veículos soviéticos são integrados, planificados, utilizados como nunca foram os veículos do autoritarismo, que apenas os controlava.
A Teoria da Responsabilidade Social
Segundo esta nova teoria liberal, a filosofia moderna tende a por em dúvida a existência de qualquer direito sem um dever correspondente, sendo essa visão do homem e da sociedade menos optimista do que o Iluminismo.
Uma das necessidades básicas da sociedade do Iluminismo parecia ser a separação entre a imprensa e o Estado. Porém, a comunicação de massa foi submetida a uma onda de críticas em décadas recentes, nomeadamente quanto ao crescimento da sua influência, à sua natureza comercial, e a sua ligação ao mundo dos negócios.
conjunto de críticas mais convincentes formou-se no fim da década de 40 pela Comissão de Liberdade de Imprensa, que advogava que a principal missão da comissão de massa é elevar o conflito social «do plano da violência para o plano da discussão».
As críticas de Theodore Peterson aos veículos de massa:
manipularam um enorme poderio em função dos seus objectivos.
subserviência em relação aos negócios e aos anunciantes.
resistência à transformação social.
superficionalismo e sensacionalismo na cobertura dos acontecimentos humanos.
ameaça à moralidade pública.
invasão à intimidade dos indivíduos.
o controlo de uma classe sócio-económica e a desigualdade de acesso aos veículos.
A necessidade de circulação em grande escala que promova uma alta renda de publicidade e um lucro razoável influencia alguns editores a procurar um grande público em vez de um pequeno grupo partidário.
Em relação à ética jornalística, os jornalistas têm, como questão de princípio, a obrigação de não parcializar as informações em favor de interesses privados, pessoais ou de grupos., isto é, o seu direito de atingir o grande público implica uma obrigação.
Há que dizer, no entanto, que, quaisquer que sejam as intenções do jornalista, ele estará sempre sujeito às fraquezas humanas, preconceitos e ambições.
A transformação da comunicação de massa acabou por ser decisiva na luta por um trabalho responsável, de onde derivou a Teoria da Responsabilidade Social.
A essência da responsabilidade social é que ela é definida e aplicada pelos próprios jornalistas, dado que vivemos numa sociedade pluralista.


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