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História da Politica Exterior do Brasil
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História da Política Exterior do Brasil busca apresentar e explicar os caminhos traçados pela diplomacia e política internacional brasileira. O livro se estende do momento da independência do Brasil em 1822 até os momentos finais do governo Fernando Henrique Cardoso em 2002. Na primeira das três grandes divisões do Livro é tratado o período imperial, onde foram marcantes as dificuldades decorrentes de erros políticos no momento da independência, a construção da soberania e do imaginário nacional e a consolidação inicial das fronteiras nacionais. No momento da independência o cenário mundial era favorável as aspirações brasileiras. Aos ingleses interessava um Brasil aberto e economicamente ligado a ela, além disso, qualquer tentativa de reconquista seria desmotivada pela fraqueza portuguesa (que se provou com a curtíssima guerra de reconquista) e pelo jogo de interesses entre santa aliança e quádrupla aliança. Os ingleses não permitiriam que forças conservadoras interviessem no Brasil. No entanto, D. Pedro I não soube usar esse contexto e acabou por promover um verdadeiro leilão da independência. Numa busca acelerada por obter o reconhecimento do Brasil concedeu os mais variados favores a potências estrangeiras, em especial os tratados desiguais com a Inglaterra. O imaginário e a consolidação da soberania brasileira vêm em momento posterior, tanto com a percepção dos erros de 1822 que levou a relativa prosperidade quanto com as guerras no sul do país, em especial a Guerra do Paraguai. A percepção dos erros de 1822 levou as reformas tarifarias em 1844, melhorando em muito o desempenho do país. Infelizmente, as políticas de estímulo indústria foram minimizadas por comodismo político. As guerras do sul do país estiveram intimamente ligadas com a política de fronteiras, que a partir de meados do século XIX passou a definir-se pelo uti possidetis , e também a desestabilização do regime imperial e sua conseqüente queda em 1889. A segunda parte trata da transição do modelo agroexportador ao desenvolvimentista, começa com a instauração da república em 1889 e termina com o inicio do regime militar em 1964. Pode-se destacar nesse período três eventos principais: a Política externa do Barão do Rio Branco, a política externa de Getúlio Vargas na Segunda Guerra Mundial e o período da Política Externa Independente com Jânio Quadros e João Goulart. O Barão do Rio Branco dedicou sua carreira como chanceler brasileiro a uma bem sucedida demarcação de fronteiras e negociações políticas. Conseguiu normalizar quase a totalidade das fronteiras amazônicas sem o uso da força e sempre defendendo os interesses agroexportadores do Brasil. Getúlio Vargas, uma geração depois buscava acelerar o desenvolvimento da indústria nacional que teve seu primeiro surto na cafeicultura São Paulo. Com esse intuito, fez jogo duplo entre alemães e norte-americanos na Segunda Guerra Mundial para conseguir benefícios econômicos. Os americanos acreditando na necessidade estratégica do Brasil deram o esperado apoio econômico e o Brasil definitivamente passou a apoiar os aliados. Na década de 1960 o Brasil passa a defender uma política externa independente, atuando com o chamado "neutralismo estratégico", de inicio bem sucedido com Jânio Quadros, mais tarde acabou por ser um motivo de desestabilização no governo Jango. João Goulart não foi capaz de coordenar uma bem sucedida política externa independente com as pressões norte-americas e da direita nacional. Sendo assim, a Política externa de Jango foi um dos diversos motivos do golpe militar. A parte final do livro trata do governo militar em si, do período de retorno à democracia e da consolidação do governo democrático na década de 1990. Dois pontos que merecem destaque é a política desenvolvimentista do governo militar e seu contraste com a retrógrada política externa e o desmanche do Estado nacional feito pelo governo Fernando Henrique Cardoso. O governo militar, com exceção da gestão de Castello Branco, buscou inserir o Brasil de modo competitivo no contexto internacional ao mesmo tempo em que estimulava as crescentes indústrias nacionais. Em marcante contraste com a violência e o conservadorismo no manejo da política interna no campo internacional a diplomacia brasileira foi capaz de desenvolver abrangentes contatos e se colocar numa posição de significativa força e respeito. No governo FHC, após as fortes crises inflacionárias e cambiais da década de 1980 instalou-se a crença em um liberalismo salvador que não veio a se concretizar. O Estado passou a se desaparelhar e enfraquecer, ao mesmo tempo em que abria, sem maiores cuidados, o mercado nacional, causando grandes danos à indústria e ao desenvolvimento do país; singularmente percebidos com o aumento da dívida externa. No entanto, algum sucesso foi obtido nesse período que conseguiu estimular a economia a crescer e foi capaz de conter a inflação, mesmo com as novas e elevadas remessas de lucros ao exterior.
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