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Mein Kampf (Minha Luta)
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A Bíblia do Nazismo foi escrita quando Hitler se encontrava preso por uma tentativa frustrada de golpe. Como ele mesmo disse a intenção da obra era expor a ideologia do Partido Nacional Socialista. Foi escrita em 1924 e continha em gérmen tudo o que o Nazismo viria a realizar quando tomasse o poder. A maioria dos líderes políticos não procurou conhecer qual era o real programa do nazismo que estava ali exposto ou se conheceram não deram crédito que viesse a ser colocado em prática. Ali se encontrava as bases do pensamento e da ação que foram levadas a efeito. Primeiramente o anti-semitismo permeia todo o livro. Não um anti-semitismo inóqüo como era usual na Alemanha. Tratava-se de idealizar o judeu como o grande inimigo não apenas do alemão, mas de toda raça humana e identifica-lo como o único inimigo que precisava ser vencido. Ao falar em propaganda Hitler frisou bastante a necessidade de se apontar um único adversário e não vários. Assim, tanto o burguês explorador, quanto o movimento marxista ligado ao proletariado tinham a figura do judeu por trás deles. Hitler falava em impor o domínio pela força. É bem claro no livro que ele acreditava que somente através da força poderiam a Alemanha se erguer novamente e impor derrota aos seus inimigos. Para isto era preciso um exército forte e disciplinado para o qual ele já indica a maneira de treiná-lo e formá-lo. Era obvia que não tinha a mínima intenção de aceitar os limites impostos pelo Tratado de Versalhes sobre as condições militares alemãs. Suas teorias raciais iam muito além de meras concepções biológicas. Certos estudos históricos ignorados apontavam para crenças mitológicas ligadas à diversas sociedades secretas existentes na época. Embora no Mein Kampf ele seja bastante reticente, falava de seus ensinos como devendo ser imposta ao mundo. Seria uma nova cosmologia. Não bastava apenas destruir os inimigos violentamente. Era preciso colocar no lugar uma outra forma de pensar. Do contrário tudo tornaria a ser como antes. Era necessário trazer uma ?nova espiritualidade?. Aqui ele é muito vago a respeito desse conceito. Ele afirma que a questão das raças fornece não só a chave para compreensão da história universal mas também para a da cultura humana em geral. Ele se julgava um escolhido, um predestinado para dar ao mundo uma nova religião. Hitler defendia ainda um fanatismo extremado e uma obediência cega como única forma de conduzir a nação. Por diversas vezes ele defende um anti-intelectualismo por parte das massas como sendo algo bom. O processo de eugenia aplicado pelo nazismo que levou à morte doentes mentais e outros deficiente já se encontrava planejado. A fraqueza não deveria de forma alguma ser recompensada com a misericórdia conforme a mais pura concepção da filosofia nietzschaniana. Também de Nietzsche ele retira sua apologia da guerra como uma fonte de progresso da humanidade, onde os mais fracos perecem e os mais fortes vão se aperfeiçoando em uma espécie de darwinismo racial. O terror se combata como o próprio terror, escreveu ele. Seu totalitarismo e sua política ditatorial transparecem também em cada página. O forte é mais forte sozinho, título de um de seus caminhos capítulos revela isso claramente. A democracia é continuamente criticada como sendo uma arma utilizada pelos judeus para dominar o mundo. O governo é para os mais forte e não para as massas que só devem ser manipuladas. Todo pensamento, toda idéia, todo ensino tem que ser medido pelo critério da doutrina nazista. Qualquer coisa que não esteja em harmonia com ela deve ser rejeitada. Isto foi realizado na prática quando da tomada do poder pelo nazismo. Para ele o nacional socialismo era um novo princípio universal e não uma nova propaganda eleitoral. Ainda neste sistema totalitária não havia espaço de modo algum para uma imprensa livre. A liberdade individual deve ceder lugar à conservação da raça! Este era o princípio político do nazismo. Uma sentença resume grandemente esta questão de raça, guerra e domínio totalitário: Talvez o conceito pacifista humanitário chegue a ser de fato aceitável, quando o homem que for superior a todos, tiver previamente conquistado e subjugado o mundo, ao ponto de tornar-se senhor exclusivo da terra. Quem tivesse tido o trabalho de ler seu livro perceberia facilmente sua intenção de invadir não só a Polônia mas diversas terras da Europa Oriental. Do começa ao fim ele fala do espaço vital, da necessidade de terras para o bom desenvolvimento de uma raça, que a idéia de um desenvolvimento interno era insuficiente. Era muito óbvio que uma vez no poder ele haveria de fazer guerra para conquistar terras ao Leste. Força bruta, superioridade da raça ariana, imposição de uma nova ordem e de uma nova concepção baseado em teorias raciais e esotéricas, destruição completa dos judeus e de todos os elementos que pudessem representar fraqueza, conquista através da guerra de terras a Leste para formar a grande pátria ariana. E tudo isso seria possível através de discursos fanáticos e fanatizadores que levaria as massas, tão moldáveis em sua natureza, na direção proposta pelos líderes. Tudo isto estava ali exposto no Meim Kampf quinze anos antes de ser coloca em plena prática. Bastava alguém interessado apontar os maléficos planos e impedi-los.
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