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Lula erra em Bruxelas: há cana-de-açúcar na Amazônia
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Assessores de Lula poderiam contribuir para dar ao presidente e ao Brasil mais credibilidade quando ele fala no exterior. Em Bruxelas, quando o presidente Lula fez um pronunciamento na Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, para uma platéia formada por ministros, empresários e ONGs do mundo inteiro, afirmou que o cultivo de cana-de-açúcar no Brasil ocupa menos de 10% da área cultivada do País, ou seja, menos de 0,4% do território nacional e que a área ficava muito distante da Amazônia, região que não se presta à cultura da cana afirmou ele. Mal assessorado, Lula gera constrangimento com declarações desencontradas, pois na Amazônia já existem usinas de porte expressivo em Presidente Figueiredo (AM), Ulianópolis (PA), Arraias (TO), além de meia dúzia no Mato Grosso. De acordo com o último levantamento oficial da Conab, um órgão do Ministéio da Agricultura, de maio de 2007, na safra passada houve mais de 19 milhões de toneladas de produção de cana-de-açúcar na Amazônia Legal, entre Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Amazonas e Pará. Ainda não faz parte do documento a produção do Acre, isto é, da agroindústria Álcool Verde, pertencente ao Grupo Farias, que os políticos petistas do "governo da floresta" consideram como o grande trunfo de investimento. Uma antiga usina, que jamais havia produzido álcool, foi revitalizada com dinheiro público e privado. O investimento já atinge mais de 2 mil hectares de cana plantados ao longo da BR-317. O ex-governador do Acre, Jorge Viana, que preside o Fórum Empresarial do Acre, já anunciou que uma segunda usina será instalada na região. Também é falso o mito de que o cultivo de cana-de-açúcar é inviável na Amazônia. De acordo com o relatório da Conab, a produtividade média na região amazônica é de 70 toneladas por hectare, bastante próxima à media nacional de 79 toneladas, e muito superior àquelas de estados como Alagoas e Pernambuco, que são grandes produtores tradicionais de cana e que apresentam, respectivamente, produção de 63 e 52 toneladas por hectare. E, para completar a mal informação do presidente, ná véspera de seu pronunciamento em Bruxelas, no Pará, houve uma operação de repressão ao trabalho escravo no país. A blitz do Grupo Especial Móvel encontrou 1.108 trabalhadores em condições degradantes de trabalho em uma fazenda de propriedade da empresa Pagrisa (Pará Pastoril e Agrícola S/A), em Ulianópolis. Os trabalhadores dormiam em alojamentos superlotados e trabalhavam na colheira de cana-de-açúcar.
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