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A POUCA-VERGONHA DOS SENADORES SEM VOTO


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O Senado da República do Brasil já foi, como queriam os fundadores da instituição, cidadãos romanos, o lugar do debate entre os mais sábios e probos do país. Entretanto, a regra eleitoral que determina a escolha dos senadores hoje permite que nomes como Sibá Machado e Wellington Salgado, sem um único voto popular, se iniciem por lá. O primeiro é suplente de Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, o outro, de Hélio Costa, ministro das Comunicações. Nenhum dos dois tem compromisso com eleitor algum, com nenhum conceito, com nada, pois não foram escolhidos pelo povo do Estado que representam. A escolha de Sibá, talvez se deva pela amizade, mas a de Salgado, certamente foi pelo mesmo ter patrocinado a campanha do ministro Costa. É gente assim que assegura a permanência da impunidade, pois vimos como os mesmos procederam neste recente escândalo Renan Calheiros, determinados, a qualquer custo, sem analisar provas, a arquivar o processo sobre quebra de decoro parlamentar a que se submete o presidente do senado, pouco se importando com a opinião do povo ou do Estado que dizem representar. Os escândalos Renan Calheiros e o agora recente, Joaquim Roriz, deslustram o Senado, mas o envergonham ainda mais seus suplentes sem voto. Só o voto popular pode acabar com essa pouca-vergonha.


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