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- COISA DE VEADO - (A IDIOTIA CONVICTA)
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De vez em quando alguém abusa do direito de pronunciar sandices e surpreende. Nas comemorações do Dia do Trabalho, o presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva, arrebatou da ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro (que afirma não ser racismo o negro se insurgir contra o branco) o troféu do concorridíssimo festival de besteira há 50 anos instituído por Stanislaw Ponte Preta no país. Não é que o deputado e líder sindical em defesa da adoção do meio ambiente agora como bandeira do trabalhador disse que até pouco tempo atrás isso era coisa de veado? Associou o tema escolhido ao homossexualismo. Fica-se em dúvida se o argumento do deputado em sua convocação geral sobre a questão ecológica é coisa de jeca, desinformado, oportunista ou simplesmente falta de modos. Então, todos os estudos, toda a produção acadêmica e científica, todos os movimentos de mobilização internacional, partidos verdes mundo afora, toda a legislação brasileira e internacional, todas as estruturas oficiais e não oficiais destinadas a cuidar do problema, tudo o que ocorreu no planeta nos últimos 40 anos era coisa de veado? Só agora, quando o Paulinho da Força deu-se conta da importância do tema ? meio ambiente ? virou coisa de trabalhador? Paulo Pereira da Silva estava querendo dizer que meio ambiente era questão supérflua, que as pessoas às quais ele denomina ? veados ? só se preocupam com futilidades? Terá pretendido desqualificá-las? Ou desqualificar a importância do tema até sua entrada em cena? Já em 2002, o Paulinho da Força mostrava sua total falta de educação quando, vice de Ciro Gomes na campanha presidencial, ao ser investigado por desvio de dinheiro do FAT pela Controladoria Geral da União, a título de defesa contra a montanha de provas reunidas pela CGU, reagiu chamando a então titular da pasta, Anadyr de Mendonça, de feia e mal amada. Esse foi seu argumento dito em alto e bom som! Aderindo agora o tema ? Os trabalhadores e a defesa do meio ambiente - tenta pegar carona em bandeira da moda, mas como é anacrônico de alma, não acredita na causa nem sabe de fato do que se trata, só consegue ser patético. E o mais grave é quando o presidente Lula se refere à proteção de bagres para balizar o equilíbrio entre a defesa do meio ambiente e as circunstâncias do desenvolvimento, acabando por reforçar, deste modo, a conduta da depreciação e jogando um tema que mobiliza o mundo na vala comum das piadas de mau gosto.
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