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mobral
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Em 1964, com o golpe militar que estabeleceu um novo governo no Brasil, os movimentos populares que ate então dominavam a sociedade reivindicando os direitos humanos, foram contidos e extintos, incluindo os educacionais. Então em 1967, com a Lei 5379 foi instituído o MOVIMENTO BRASILEIRO DE ALFABETIZAÇÃO ? MOBRAL, que surgiu como um prosseguimento das campanhas de alfabetização de adultos iniciadas com Lourenço Filho. O MOBRAL propunha a alfabetização funcional de jovens e adultos, visando "conduzir a pessoa humana (sic) a adquirir técnicas de leitura, escrita e cálculo como meio de integrá-la a sua comunidade, permitindo melhores condições de vida". Este movimento, mantido pelo governo federal durante a ditadura militar, visava instrumentalizar o cidadão e torná-lo capaz de exercer sua cidadania. No entanto, o MOBRAL se limitou a alfabetizar de maneira funcional, não oferencendo uma formação mais abrangente. A metodologia utilizada pelo Programa de Alfabetização Funcional baseava-se no aproveitamento das experiências significativas dos alunos, desta forma, embora divergisse ideologicamente do método de Paulo Freire utilizava-se, semelhantemente a este, de palavras geradoras, mais eram totalmente esvaziados de sentimentos críticos. A principal e essencial diferença na utilização destes procedimentos em relação ao método Paulo Freire, era o fato de no Mobral haver uma uniformização do material utilizado em todo o território nacional, não traduzindo assim a linguagem e as necessidades do povo de cada região e de uma série de procedimentos para o processo de alfabetização: apresentação e exploração do cartaz gerador; estudo da palavra geradora, depreendida do cartaz; decomposição silábica da palavra geradora; estudo das famílias silábicas, com base nas palavras geradoras; formação e estudos de palavras novas; formação e estudos de frases e textos, O MOBRAL não exigia freqüência e a avaliação era feita em 2 módulos, uma ao final do modulo e outra pelo sistema de educação. O fato de não exigir freqüência possibilitava o elevado índice de evasão que se estabeleceu neste nível. A recessão econômica iniciada nos anos 80 inviabilizou a continuidade do MOBRAL que demandava altos recursos para se manter. Seus últimos anos foram marcados por denuncias que provocou a criação de uma CPI, para apurar os destinos e as aplicações dos recursos financeiros e o falso índice de analfabetismo emitido por conta do programa. E em 1985 foi extinto por esse motivo a educação popular autônoma ganhou força e o governo lançou o III plano setorial de educação cultura e desporto, que incentivava a conquista da liberdade, a criatividade e a cidadania, o que provocou a ascensão do ensino supletivo e os programas de caráter compensatório como a FUNDAÇÃO EDUCAR, o MOVA, e o PAS.
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