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O caso dos Exploradores de Cavernas
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Trata-se do julgamento de quatro membros da Sociedade Espeleológica, indiciados pelo crime de homicídio seguido de canibalismo. Eles foram condenados e sentenciados a serem enforcados pelo Tribunal de Primeira Instância do Condado de Stowfield. Os réus apelaram ao Tribunal alegando vício. Em maio de 4299, cinco membros da Sociedade Espeleológica, entre eles um rapaz chamado Roger Whetmore, entraram em uma caverna de pedras calcárias na comunidade de Commonwealth, durante a expedição houve um deslizamento de terra que vedou completamente a entrada da caverna, impossibilitando assim a saída dos espeleólogos. Há várias tentativas de resgate sempre frustradas por novos desabamentos, onde numa dessas tentativas dez trabalhadores morrem tentando limpar a entrada da caverna. Passados vinte dias de isolamento descobre-se que havia entre eles uma máquina sem fio capaz de enviar e receber mensagens, sendo assim instalaram uma máquina similar no campo de resgate para manter contato com os exploradores. Eles aproveitam e indagam qual o tempo necessário para o resgate e quanto tempo eles aguentariam sem se alimentar. Pessoas experientes no assunto são chamadas e afirmam que não há chance de sobrevivência sem alimento até o resgate ocorrer, pois ainda teriam pelo menos dez dias pela frente. Após trinta e dois dias foram resgatados apenas quatro dos cinco exploradores. De acordo com seus depoimentos, o outro explorador, Roger Whetmore, sugeriu um sorteio para escolher quem seria sacrificado para servir de alimento aos demais. Assim três dias após o contato com a equipe de resgate, Whetmore, que já havia desistido do sorteio para refletir melhor sobre o assunto, perde e é assassinado pelos demais. Os sobreviventes foram condenados à morte por assassinarem seu colega e recorreram a Suprema Corte. Os juízes da Suprema Corte tem diferentes entendimentos diante da mesma lei e do mesmo fato. O primeiro ministro, J Foster, que expôs a sua opinião, declarou estar chocado com a decisão do presidente Truepenny, CJ, que condenou os réus a morte e que na lei positiva existente na sua sociedade zela pela vida humana e como não haviam condições de vida, nesse caso a lei não se aplica e acrescentou que se o crime tivesse ocorrido fora da jurisdição de Commonwealth, a lei provavelmente não teria sido aplicada. J Tatting, também, ministro, disse estar envolvido emocionalmente e não podendo resolver as dúvidas sobre qual lei aplicar a esse caso ele se declara incapacitado de proferir um decisão. O terceiro ministro a opinar foi J Keen, diz que se deve seguir exatamente o que está na lei: ?Aquele que premeditadamente retirar a vida de outrem deverá ser punido com a morte?, pois antes da morte de Whetmore, houve um sorteio onde o próprio sugeriu e, logo depois, desistiu de participar. Não há como alegar legítima defesa para justificar a morte pois Whetmore não ameaçou a vida de ninguém e quem age em legítima defesa não age premeditadamente. O último a falar sobre o caso foi o ministro J. Handy, diz ele que se levada em consideração a opinião pública, 90% da população votaria pela absolvição ou por uma pena simbólica. Baseado em fatos antigos o ministro opta por inocentar os réus, pois os mesmos já haviam sofrido mais tormento e humilhação que a maioria dos presentes seria capaz de suportar, solicitando assim a anulação da sentença de condenação. Perguntado novamente ao ministro Tatting se gostaria de reexaminar sua opinião, ele respondeu que confirma a opinião anterior e que as opiniões dos outros ministros só ajudaram a fortalecer as suas convicções. No final como as opiniões foram divergentes a sentença do Tribunal de Apelações foi mantida, a execução da sentença ocorreu às 6 horas da manhã de sexta-feira, 2 de abril de 4300, com o enforcamento dos réus pelo pescoço até as suas mortes.
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