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Libertação de Auschwitz


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Libertação de Auschwitz

Auschwitz um dos maiores campos de concentração nazis da História fundado em 1940 a 14 de Junho que tinha como objectivo o exterminio de judeus, ciganos, pessoas de cor, politicos entre muitos outros que Hitler
considerava uma raça inferior. É um símbolo máximo do Holocausto, que volta a ser lembrado todos os anos a dia 27 de Janeiro, dia em que se assinala pelo mundo a fora o aniversário da sua libertação pelas tropas aliadas.
O Campo da Morte, designação talvez insuficiente para definir o local do maior crime jamais cometido por seres humanos, que felizmente foi libertado pelo Exército Vermelho a 27 de Janeiro de 1945.
Assim que os soldados soviéticos chegaram ao campo depararam com um espectáculo dantesco, sete mil prisioneiros exaustos e doentes, vultos humanos quase moribundos que pesavam apenas entre 23 e 35 quilos, e lhes davam vivas de gratidão.
No gigantesco recinto do campo de concentração, que poucos dias antes ainda era guardado por seis mil homens de 12 companhias da SS, a tropa de choque de Hitler, havia centenas de cadáveres que os nazis não tinham conseguido fazer desaparecer antes da sua precipitada fuga.
Os fornos crematórios, onde a SS mandava queimar os corpos dos prisioneiros enviados para as câmaras de gás, fuzilados ou mortos à fome, tinham sido dinamitados, muitos documentos da SS destruídos e vários armazéns incendiados, numa tentativa desesperada de apagar os vestígios dos seus crimes.
Nos armazéns do campo de concentração havia sete toneladas de cabelo humano, aproximadamente 348.820 fatos de homem e 836.525 vestidos de mulher, além de montanhas de sapatos, óculos, próteses, brinquedos de criança e outros objectos que tinham pertencido às vítimas.
De acordo com a maioria dos historiadores, ao todo morreram em Auschwitz cerca de 1,5 milhões de pessoas, entre 1940 e 1945.
Os nazis só começaram a abandonar Auschwitz a 17 de janeiro de 1945, quando as suas tropas já não eram capazes de travar a ofensiva do Exército Vermelho, lançada depois da derrota alemã na Batalha de Estalinegrado, que terminou em Fevereiro de 1943.
Na retirada, a SS levarou de Auschwitz 58 mil prisioneiros para uma "marcha da morte" em direcção ao ocidente.
As tropas aliadas que ocuparam o campo não conseguiram adivinhar logo as dimensões da gigantesca e sistemática indústria da morte montada ao pormenor pelos nazis, sob as ordens do comandante supremo da
SS, Heinrich Himmler.
Rudolf Hess, o comandante de Auschwitz gabava-se de ter montado "a maior máquina de extermínio de seres humanos de todos os tempos".
Numa longa lista de localidades tomadas pelas tropas soviéticas publicada pelo "New York Times", o nome de Oswiecim (Auschwitz, em Polaco), surgia apenas entre muitas outras, sem qualquer referência especial aos horrores que ali tinham acontecido.
Em Auschwitz não foram assassinados apenas judeus, mas também cristãos polacos, prisioneiros de guerra soviéticos, ciganos e até alemães condenados por delitos comuns.
Logo após a sua chegada a Auschwitz, apertados em carruagens feitas para transportar gado, os prisioneiros eram inspeccionados sumariamente por oficiais e médicos das SS, que escolhiam os mais robustos para os campos de trabalho e enviavam os restantes para as câmaras de gás.
Cerca de 75% dos prisioneiros eram logo enviados para a morte, entre eles mulheres, crianças, idosos e deficientes.
Até ao último momento, os nazis tentavam fazer crer aos condenados à morte que os estavam a enviar apenas para um simples e inocente duche, chegando ao ponto de colocar placas no trajecto para as câmaras de gás a dizer casa de banho, desinfecção, limpeza trás liberdade e um piolho pode matar.
Para inspirar confiança às vítimas, as SS recorriam á ajuda forçada de prisioneiros que falavam a língua dos recém-chegados e procuravam tranquilizá-los, dizendo-lhes, por exemplo, para se despirem mas para tomarem conta do sítio onde deixavam as roupas.
Depois metiam-nos num grande recinto semelhante a um balneário, onde cabiam perto de duas mil pessoas, fechavam rapidamente as portas e infiltravam através dos falsos chuveiros ou de buracos nas paredes o gás letal Zyklon B.
Na Primavera e no Verão de 1944, havia 405 mil prisioneiros registados no campo de concentração, e eram mortas 10 mil pessoas por dia nas câmaras de gás, cujas chaminés eram "o único caminho para sair de Birkenau", como os guardas nazis diziam cinicamente.
Mas quando os fornos crematórios deixaram de dar vazão ao elevado número de corpos, estes passaram a ser também queimados ao ar livre, em piras humanas. A maioria dos prisioneiros condenados a trabalhos forçados em condições infra-humanas acabavam também por morrer de fome ou de doença, e os que eram escolhidos para cobaias dos médicos nazis, chefiados pelo famigerado Joseph Mengele, tinham um destino ainda mais cruel.
Mengele, que conseguiu escapar à justiça, e morreu no Brasil, muitos anos depois de terminada a guerra, utilizava nas suas pesquisas "científicas" destinadas a provar a "superioridade" da raça ariana gémeos, anões, crianças de raça cigana e deficientes, e matava depois as suas cobaias com injecções de fenol, antes de as autopsiar.
Um dos maiores projectos dos médicos de Auschwitz, que nunca chegou a concretizar-se, foi tentar criar, com recurso à esterilização forçada de mulheres judias, um método que permitisse exterminar nações inteiras.
Hoje em dia, os campos de Auschwitz e Auschwitz-Birkenau são museus abertos ao público, para que perdure na memória dos povos o maior e mais horrível crime cometido na história do mundo, como disse o primeiro ministro britânico Winston Churchill.




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