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CARAMURU


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A caminho do Brasil, o navio de Diogo Álvares Correia naufraga. Ele e
mais sete companheiros conseguem se salvar. Na praia, são acolhidos
pelos nativos que ficam temerosos e desconfiados. Os náufragos, por sua
vez, também temem aquelas criaturas antropófagas, vermelhas que, sem
pudor, andam nuas. Assim que um dos marinheiros morre, retalham-no e
comem-lhe, cruas mesmo, todas as partes. Sem saber o futuro, os sete
são presos em uma gruta, perto do mar, e, para que engordem, são bem
alimentados. Notando que os índios nada sabem de armas, Diogo, durante
os passeios na praia, retira, do barco destroçado, toda pólvora e
munições, guardando-as na gruta. Desde então, como vagaroso enfermo,
passa a se utilizar de uma espingarda como cajado. Para entreter os
amigos, Fernando, um dos náufragos, ao som da cítara, canta a lenda de
uma estátua profética que, no ponto mais alto da ilha açoriana, aponta
para o Brasil, indicando a futuros missionários o caminho a seguir.Um
dia, excetuando-se Diogo, que ainda estava enfermo e fraco, os outros
seis são encaminhados para os fossos em brasa. Todavia, quando iam
matar os náufragos, a tribo do Tupinambá Gupeva é ferozmente atacada
por Sergipe. Após sangrenta luta, muitos morrem ou fogem; outros se
rendem ao vencedor que liberta os pobres homens que desaparecem, no
meio da mata, sem deixar rastro. Canto II Enquanto a luta se
desenvolve, Diogo, magro e enfermo para a gula dos canibais, veste a
armadura e, munido de fuzil e pólvora, sai para ajudar os seis
companheiros que serão comidos. Na fuga, muitos índios buscam
esconderijo na gruta, inclusive Gupeva que, ao se deparar com o
lusitano, saindo daquele jeito, cai prostrado, tremendo; os que o
seguiam fazem o mesmo; todos acham que o demônio habita o
fantasma-armadura. Álvares Correia, que já conhecia um pouco a língua
dos índios, espera amansá-los com horror e arte. Levantando a viseira,
convida Gupeva a tocar a armadura e o capacete. Observa, amigavelmente, que tudo aquilo o protege, afastando o inimigo,
desde que não se coma carne humana. Ainda aterrorizado, o chefe
indígena segue-o para dentro da gruta, onde Diogo acende a candeia,
levando-o a crer que o náufrago tem poder nas mãos. Sob a luz, vê, sem
interesse, tudo que o branco retirara da nau. Aqui, o poeta, louva a
ausência de cobiça dessa gente. Entre os objetos guardados pelos
náufragos, Gupeva encanta-se com a beleza da virgem em uma gravura.Tão
bela assim não seria a esposa de Tupã? Ou a mãe de Tupã? Nesse momento,
encantado pela intuição do bárbaro, Diogo o catequiza, ganhando-lhe,
assim a dedicação. Saindo da gruta, o índio, agora manso e diferente,
fala a seu povo Tupinambá, ao redor da gruta. Conta-lhes sobre o feito
do emboaba, Diogo, e que Tupã o mandara para protegê-los. Para
banquetear o amigo, saem para caçar. Durante o trajeto, Álvares Correia
usa a espingarda, aterrorizando a todos que exclamam e gritam: Tupã
Caramuru! Desde esse dia, o herói passa a ser o respeitado Caramuru -
Filho do Trovão. Querendo terror e não culto, Diogo afirma-lhes que,
como eles, é filho de Tupã e a este, também, se humilha. Mas que como
filho do trovão, (dispara outro tiro) queimará aquele que negar
obediência ao grande Gupeva.Nas estrofes seguintes, o poeta descreve os
costumes da selva.Discorre sobre o ataque de Mem de Sá aos franceses no forte da enseada
de Niterói e sobre a vitória de Estácio de Sá contra as mesmas forças.
Canto XIX Prosseguindo em seu vaticínio, Catarina-Paraguaçu descreve a
luta contra os holandeses que termina com a restauração de Pernambuco.
Canto X A visão profética de Catarina-Paraguaçu acaba se transformando
na da Virgem sobre a criação do universo. Ao chegar, o casal é recebido
pela caravela de Carlos V que agradece a Diogo o socorro aos náufragos
espanhóis. A história de Pereira Coutinho é narrada, enfatizando-se o
apoio dos Tupinambás na dominação dos campos da Bahia e no povoamento
do Recôncavo baiano. Na cerimônia realizada na Casa da Torre, o casal
revestido na realeza da nação espanhola, transfere-a para D. João III,
representado na pessoa do primeiro Governador Geral, Tomé de Souza. A
penúltima estrofe canta a preservação da liberdade do índio e a
responsabilidade do reino para com a divulgação da religião cristã
entre eles. Na última (epílogo), Diogo e Catarina, por decreto real,
recebem as honras da colônia lusitana.


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