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PANORAMA HISTÓRICO DA CHINA


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PANORAMA HISTÓRICO DA CHINA.

A história da China parece ter iniciado com o aparecimento do Sinanthropus Pekinenses (o homem de Pequim) há cerca de 500.000 anos atrás. A longa jornada desse homem primitivo até 3.000 a.C. ainda não é conhecida... O que se sabe é, que por volta dessa última data, já haviam alguns agricultores sedentários e criadores de gado semi-nômades no que se conhece por território chinês.

PRIMEIRAS CULTURAS: A tradição chinesa estabelece o ano 2852 a.C. como o início de sua história. Começa daí os Três Soberanos e os Cinco Governantes. Esses reis míticos foram responsáveis pela construção de casas, pela agricultura organizada e pelo aprendizado do domínio do fogo. Reza ainda a tradição, que a esposa do Imperador Amarelo, descobriu e introduziu a cultura do bicho da seda, segredo guardado por vários séculos na China, o que ensejou várias missões de espionagem de outros povos desvendar o bem guardado segredo.

DINASTIA XIA: Depois dos Cinco Governantes, seguiu-se a fundação da I Dinastia Chinesa, a Dinastia Xia. As datas atribuídas a essa Dinastia vão de 2205 a 1766 a.C. Rezam as tradições que a Xia foi iniciada pelo Grande Yu, benfeitor da época que estimulou o desenvolvimento de uma série de benefícios coletivos, como o controle das enchentes e a irrigação dos campos. Contudo, não existe nenhuma prova arqueológica conhecida que comprove essas tradições históricas conservadas pelos chineses.

DINASTIA SHANG: Anyang é a área conhecida como o berço da civilização chinesa. Entre 1928 e 1937, escavações nesta região encontraram cerca de 100 mil ossos de bois, veados e carapaças de tartarugas. Conhecidos como "ossos divinatórios", pois os antigos chineses deles se utilizavam para práticas oraculares, continham uma série de caracteres. Esses ossos datam de, aproximadamente, 1.300 a.C. e os caracteres neles encontrados parecem constituir a mais antiga forma de escrita chinesa.
Além desses ossos divinatórios foram encontrados diversos túmulos, vasos de bronze e outros objetos que transmitem a idéia de uma civilização de grande esplendor e violência. Os reis eram sepultados em grandes túmulos, com várias rampas subterrâneas. Sob o caixão um cão era sacrificado e depositado, juntamente com numerosos tesouros. Até mesmo carros de combate, com cavalos e cocheiros, eram enterrados também. Além disso, grupos de dez vítimas - prisioneiros de guerra - ocupavam, também, o sarcófago real.

A religião chinesa era baseada no culto aos antepassados e no culto aos espíritos que habitavam a natureza. A pessoa possuia duas almas: PO, a alma da vida; e HUN, a alma espiritual. Ambas poderiam ser mantidas vivas, mesmo depois da morte do corpo, se os descendentes fizessem sacrifícios que as alimentassem. PO poderia decair e desaparecer com o tempo; HUN poderia ser mantida indefinidamente, desde que convenientemente lembrada através de sacrifícios. HUN até poderia tornar-se uma divindade de grande poder, capaz de responder questões de importância aos seus descendentes. O culto da alma dos ancestrais ocupou papel tão importante na China que, em algumas comunidades, o SER SUPREMO era o ANCESTRAL SUPREMO, ou seja, o antepassado mais antigo e, portanto, mais comum a todos. Os textos históricos para descrever a queda de um reino ou dinastia, frequentemente, eram "Interromperam-se os sacrifícios...".

O culto aos ancestrais era privilégio de famílias da elite ( reis e altos funcionários). Parece que não havia sacerdotes com poder e influência. Os cultos eram dirigidos pelo próprio chefe da família ou por funcionários do Estado. As camadas populares, desprovidas de importância, sequer tinham sobrenome, portanto não cultuavam ancestrais.

DINASTIA ZHOU (1027 - 221a.C.): As tradições chinesas estabelecem 1027 a.C. como a data da queda da Dinastia Shang. Uma tribo guerreira, dirigida pelos reis Wen e Wu, conquistou e ocupou o território dirigido pelos Shang. A derrotaaos Shang foi obtida pela "vontade do Céu" e frequentemente se estabelecia o contraste entre a violência e iniquidade do último soberano Shang e a imensa bondade dos reis Wen e Wu.

Na Distania Zhou parece ter havido uma grande evolução no território chinês. As inscrições no bronze eram mais variadas e ricas, o que sugere um bom desenvolvimento da escrita. Havia compêndios de rituais e músicas, manuais de arco e flecha, escritos históricos e outros. A primeira etapa da dinastia Zhou foi conhecida como período Zhou Ocidental. Em 841 a.C. uma revolta popular depôs o rei e os especialistas consideram essa a primeira data segura da história chinesa. A transferência da capital do vale do rio Wen para uma região mais a leste , perto de Luoyang, abriu o que se designou período Zhou Oriental.

Aos poucos, os reis da Dinastia Zhou foram tornando-se figuras decorativas sem qualquer poder de mando nas diversas cidades-estados. Seguiu-se um período de guerras internas, buscando uma supremacia regional entre as diversas cidades. Uma dessas cidades-estados, dirigida por Qin, assumiu o poder na China em 221 a. C. , dando início à dinastia Qin (221 - 206 a.C.) que após novas desordens internas foi sucedida pela Dinastia Han (206 - 221 d.C.).

Artigo originalmente publicado em
http://hgespuny.sites.uol.com.br/goldsquare//ichinghistoria.htm,
autor: HERBERT GONÇALVES espuny


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