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Unificação Alemã (II Reich)
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Unificação Alemã (II Reich)
A Unificação Alemã foi um processo iniciado em meados do século XIX e finalizado no ano de 1871, para a integração e posterior unificação de diversos estados germânicos em apenas um: a Alemanha. O processo foi liderado pelo primeiro-ministro prussiano Otto von Bismarck, conhecido como chanceler de ferro, e culminou com a formação do Segundo Reich (Império) alemão.
Índice 1 Antecedentes 2 Revolução de 1848 nos Estados Alemães 3 A Unificação Alemã: a Prússia de Bismarck 3.1 A Guerra dos Ducados (1864), contra a Dinamarca 3.2 A Guerra Austro-Prussiana (1866) 3.3 A Guerra Franco-Prussiana (1870-1871) 3.4 A Coroação de Guilherme I: O Segundo Reich 4 Conseqüências da Unificação Alemã 5 Resumo //
Antecedentes O espaço territorial alemão na segunda metade do século XIX era formado por diferentes reinos, ducados ou até mesmo cidades livres. Toda essa região sofria grande influência das duas principais potências de língua alemã da região: a Áustria e a Prússia. O território alemão vivia basicamente numa estrutura feudal, em plena Idade Contemporânea. Havia apenas dois fatores que influenciaram no desejo da unificação: o fato de todos falarem uma mesma língua e terem a mesma base cultural. Logo no início do século XIX o desejo da unidade nacional já podia ser notado, principalmente nos meio acadêmicos e literários. Freiherr vom Stein, na Prússia tentou implantar um programa político inspirado nessa pretensão, porém acabou sendo afastado em 1808. Após isso, a Áustria reimplantou sua influência e o nacionalismo alemão ficou inoperante até 1848, quando ocorreram diversas Revoluções por toda a europa. Revolução de 1848 nos Estados Alemães
Revolta de 19 de Março de 1848 em Berlim No ano de 1848, diversos Estados alemães se revoltaram causando manifestações populares e um movimento a favor de um parlamento nacional eleito pelo povo, que elaborasse uma nova constituição para a Alemanha, unificada. Para isso, no mês de maio daquele ano, uma Assembléia Nacional de deputados eleitos por todo o território germânico - o Deutscher Bund - se reuniu em Frankfurt-am-Main para a elaboração da nova constituição alemã. Porém, distinguiam-se dois grupos de deputados: os Grossdeutsche e os Kleindeutsche. Os deputados do primeiro grupo defendiam uma Alemanha incluindo a Áustria, estendendo-se do mar Báltico ao norte até o Adriático, ao sul. Já o segundo grupo defendia uma Alemanha sob liderança dos prussianos, excluindo assim a Áustria. A solução encontrada para o impasse foi a de um Estado governado pelos Hohenzollern. A Coroa da nova Alemanha foi oferecida ao rei da Prússia, Frederico Guilherme IV, que recusou-a e também não aceitou a Constituição de Frankfurt. Esta atitude foi repetida pelo governo da Áustria e dos outros Estados alemães. O povo alemão, embora quisesse ver a nova Constituição aprovada, não estava totalmente satisfeito com ela, pois o poder ainda continuaria na mão dos antigos líderes. Deste modo, a revolução ficou enfraquecida, a Assembléia foi dissolvida e a restauração conservadora se completou, acabando, por um tempo, com o sonho da Alemanha unificada. A Revolução de 1848 deixou como conseqüência o caminho que deveria ser seguido: uma unificação alemã liderada pela Prússia mas não pelos meios revolucionários, e sim pelos Hohenzollern (da dinistia prussiana). A Unificação Alemã: a Prússia de Bismarck O fracasso da revolução de 1848, de intuitos unificadores, implicou a continuidade da fragmentação da Alemanha. Na década de 50, os grandes senhores da Prússia, detentores do poder político, mantinham os seus privilégios - o monarca, receando uma nova revolução, resolveu manter a Constituição onde esses privilégios eram consagrados. A partir de 1848, o ritmo de desenvolvimento do setor industrial e das cidades foi bastante acelerado e apenas a divisão política travava o progresso do capitalismo. Tornava-se indispensável a unificação da Alemanha para prosseguir o projeto econômico germânico. A liderança da unificação alemã ficou com a Prússia pois este era o Estado alemão mais industrializado e com grande importância política na Europa. Era também a maior potência militar entre os estados alemães. Seu desejo expansionista vinha de algumas décadas, de quando desejava unificar seus territórios ocidental e oriental. Para este fim, foi criado o Zollverein, uma união aduaneira e alfandegária nos Estados da Liga Alemã, em 1834. A criação do Zollverein proporcionou à região um grande crescimento industrial e integração dos Estados, principalmente com o desenvolvimento de uma rede ferroviária interligando as diversas regiões do território germânico;
Bismarck, Roon e Moltke. Por volta de 1850, a Prússia já superava economicamente a Áustria, mas a liderança política veio apenas em 1862, quando começou a governar a Prussia o rei Guilherme I, um apaixonado pelas questões militares, que fez uma reforma em suas forças armadas. Convocou, para auxiliá-lo, Moltke, chefe de Estado-Maior, e Roon, como ministro da Guerra. O exército da Prussia logo se transformou no melhor da Europa.
Otto von Bismarck o "Chanceler de Ferro" (1815-1898), responsável pela unificação do território alemão. Um hábil político e diplomata de sucesso, Otto von Bismarck - que tinha ocupado, entre outros cargos, o de embaixador na Rússia e na França - foi nomeado chanceler (primeiro-ministro). Membro da aristocracia alemã e também favorável a uma monarquia centralizada, Bismarck realizou uma política de aliança dos junkers (grandes proprietários e aristocratas) com a alta burguesia, e através dela resolveu fortalecer o Zollverein, intensificando a integração dos Estados alemães além de modernizar o exército, sendo isso de grande importância para as batalhas que aconteceriam nos anos seguintes. Para levar a cabo a reforma militar, Bismarck prescindiu no Parlamento: "Os problemas de hoje não se decidem com discurso, nem tampouco com o voto das maiorias. Esse foi o grande erro de 1848 e 1849. Decidem-se com ferro e sangue". Utilizando-se da estratégia de exaltação do espírito nacionalista, criou uma política de guerras contra inimigos externos e contra a ocupação das regiões alemãs, o que auxiliou na expansão do território prussiano e, posteriormente, germânico. Em um período de sete anos (1864 - 1871), três guerras de destaque foram decisivas para a unificação dos Estados germânicos: A Guerra dos Ducados (1864), a Guerra Austro-Prussiana (1866) e a Guerra Franco-Prussiana (1870-1871). A Guerra dos Ducados (1864), contra a Dinamarca Em 1864 a Prússia juntou-se a Áustria em uma guerra contra a Dinamarca pelo domínio dos ducados de Schleswig e Holstein. O confronto ficou conhecido como Guerra dos Ducados e ao seu final, Prússia e Áustria, vitoriosas, dividiram a administração dos ducados através da Convenção de Gastein, em 1865. A Áustria, porém, tentou implantar uma política única ao condado de Holstein, privando assim a Prússia de direitos assegurados em outros acordos. Restou a Bismarck entrar em guerra contra a Áustria em 1866.
A batalha de Königgrätz, em quadro de Georg Bleibtreu A Guerra Austro-Prussiana (1866) Em 1866, a Prússia, com o auxilio da Itália, também sob processo de unificação nacional, entrou em Guerra contra a Áustria. A vitória prussiana veio após a Batalha de Königgrätz, em Sadowa (3 de Julho de 1866). No dia 23 de Agosto de 1866, foi firmado o acordo de paz em Praga. Com a vitória a Prússia expulsou a Áustria da Alemanha. OBS: No processo simultâneo, unificação italiana, em 1866, a Itália alia-se à Prússia ? contra a Áustria. Os italianos são vencidos em Custozza, mas os prussianos aniquilam os austríacos em Sadowa. No fim desta guerra (chamada ?Guerra das Sete Semanas?), a Itália adquire Veneza. No ano seguinte, Bismarck dividiu a Co
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