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Os três poderes em Roma. Fim do império
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Roma foi o primeiro império da história registrada a conferir a divisão dos poderes em Legislativo, Executivo e Judiciário. O Judiciário era aplicado aos seus legionários e seu exército. O Legislativo determinado pelos seus tribunos, como eram denominados os senadores, os homens que redigiam e determinavam as leis. O Executivo era um poder exclusivo do imperador. Ao longo do tempo, o império romano passou a estender seus territórios por necessidade da sua capital, Roma, que nunca foi uma cidade produtiva, ao contrário, sempre foi uma cidade onde seus cidadãos não tinham tarefas produtivas, sendo uma despesa que crescia a cada ano obrigando à uma maior arrecadação de tributos para manutenção de sua capital. A extensão territorial de Roma se deveu principalmente por esta necessidade, fazendo com que mais e mais terras e povos passassem a fazer parte de Roma para pagar tributos e manter o império. Homens como os imperadores, os senadores e toda a aristocracia romana, eram regados a banquetes infindáveis que a cada dia passava a contrastar com a condição cada vez mais díspare dos seus soldados e cidadãos comuns. Apesar de possuir um exército que ao longo do tempo passou a estruturar mais e mais sua capacidade, tanto quanto adquiriu mais tecnologia de guerra com armamentos mais eficazes e mais poderosos, Roma não conseguiu resolver seu problema maior que era a manutenção de uma cidade ociosa, onde o número de sua população crescia com muitos descendentes ou filhos diretos e parentes muito próximos de senadores, imperadores, etc. Ainda assim, Roma não era interpretada como um império que estivesse em condições de ruir, mas ruiu por uma série de fatores. Não apenas pela falta de gerência e administração de sua capital, mas também porque investimentos não eram feitos em obras de saneamento básico, proporcionando esgotos abertos em ruas e avenidas principais, trazendo doenças como malária, tifo e febre amarela para seus cidadãos. Outro problema não gerido por Roma, foi que ao longo do tempo, os membros no exército romano, outrora romanos diretos, passou a ser formado por bretões, saxões, gauleses, entre outros, que não tinham o mesmo ímpeto e mesmo interesse em defender o império romano. Do mesmo modo, a tenda onde habitavam os legionários formando o Contubernium, passou a presenciar vestimentos infantis, roupas femininas porque os legionários passaram a trazer suas famílias. Onde antes estaria um grupo de oito legionários vivendo no interesse das batalhas, passou a presenciar cada vez mais famílias de legionários, perdendo a agilidade que existia no passado na preparação, desmontagem e montagem de barracas, etc. O que se viu foi um império em vias de se desfacelar. Quando Átila o huno chegou à Europa com seu exército pretendendo destruir todos os reinos que encontrasse, teria ouvido falar de Roma e de seu império. Mas os hunos acabaram por destruir todo o império romano e Átila ironizou: "Acabei com o império romano como quem mata um mosquito".
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