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Marco Polo
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Nos dias de hoje, viajar para um homem de negócios é fácil. Houve épocas que uma viagem de negócios era também uma aventura. Comércio internacional implicava em grandes riscos e só os negociantes mais arrojados conseguiam ser bem sucedidos. Em Veneza, por volta de 1255, arrojo é o que não faltava aos proprietários da Pólo & Irmão, empresa no ramo de especiaria e diversos, já com uma filial em Constantinopla. Faturavam alto, mas apesar disso achavam que era pouco, pois o Oriente continuava com grande parte a ser explorada. Queriam contatar novos fornecedores e encontrar outros mercados. Organizaram uma expedição e partiram para a Ásia Central. Em 1264 após vários anos e mil peripécias, chegaram a capital chinesa, que ainda se chamava Cambaluc. A população formou um alvoroço a vista dos dois venezianos, e a novidade chegou ao imperador Kublai Khan neto de Gengis Khan. Gentil o imperador quis saber tudo sobre a vida e costumes do ocidente. Informado, incumbiu-os de levar ao Papa, uma mensagem pedindo que lhe enviasse cem cristãos instruídos para discutirem religião com o sábios chineses. Foi-lhes concedido um passaporte diplomático chinês, o que fez com que a viagem de volta fosse muito mais rápida. O papado estava vago e ficaram dois anos esperando até ser eleito novo pontífice. Eleito, Gregório X só não concordou com o número de eruditos e permitiu a ida de dois monges letrados. Em 1271, nova expedição dos irmãos Pólo, partiu, levando os dois monges e também mais um membro da família: o filho de Niccoló Pólo, um jovem de 17 anos, que se tornaria o homem mais viajado de sua época: Marco Pólo. O rapaz desde o início demonstrou coragem e desembaraço de um aventureiro, pois quando chegaram a Turquia Ocidental, foram recebidos a ferro e fogo. A situação ficou tão complicada que os monges desistiram da missão. Todos os meios de transporte foram utilizados, canoas, cavalos, barcos mas graças aos camelos é que puderam chegar a Toris no Irã. Seguiram então para Ormuz, a margem do golfo Pérsico. Costeando o mar Cáspio chegaram a Nichapur e mais adiante Balk. Atravessaram os vales de Pamir, o deserto de Lob Norre e finalmente chegaram à China onde instalaram uma base de operações em Ku Chue. Fizeram várias excursões para conhecer a região e foram para a capital. Assombrado com as aventuras e com as descobertas maravilhosas Marco Pólo encantado nem via o tempo passar e quando chegaram a Cambaluc concluiu que entre Veneza e a corte chinesa haviam demorado quatro anos. O imperador Kublai Khan ficou decepcionado com a deserção dos monges, mas alegrou-se com a presença de Marco Pólo que durante a viagem se tornara um homem experiente, aprendera vários idiomas das regiões onde passaram tornando-se um especialista em línguas orientais. Impressionado Kublai Khan fez dele seu conselheiro, administrador e diplomata. Marco orientava a política e a economia do império, Pólo & Irmãos expandiam seus negócios e a China passou a ser influenciada pelos venezianos. Marco Pólo era aclamado por onde passava, braço direito do imperador, sua palavra era lei. Percorreu todo o país, observando os métodos chineses de agricultura, industria e mineração. Seu pai e seu tio também tinham se acostumado a vida no oriente e a empresa só prosperava. Mas o império de Kublai Kham entrou em declínio e os súditos influentes protestaram contra a regalia dos estrangeiros. Sem saída, resolveram voltar a Veneza aonde chegaram em 1295. Tinham ficado longe da pátria vinte e quatro anos. Marco Pólo tinha grande confiança em sua sorte, devido as aventuras que vivera a maior parte de sua vida, entretanto em 1296 na guerra e entre Veneza e Genova, foi aprisionado pelos genoveses. Na prisão conheceu o senhor Rutischello, cidadão com tendências literárias que se interessou pelas narrativas do seu companheiro de cela. O livro escrito por Rutischello, que reuniu, geografia e história, economia e política, agricultura e pecuária, comércio e industria, lendas e fábulas, foi recebidocom incredulidade mas agradou o público e transformou Marco Pólo em uma figura lendária, um aventureiro invencível. Antes de Marco Pólo, sabia-se muito pouco sobre o Oriente, o livro formando um guia de viagem atraente, deu aos viajantes frustrados da Europa, a oportunidade de conhecer o mundo sem sair de casa.
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